ROTA DA MINERAÇÃO EM OURO PRETO - TRILHAS GEOECOTURÍSTICAS :
UM EXEMPLO METODOLÓGICO DE SUSTENTABILIDADE, INTEGRAÇÃO E HUMANIZAÇÃO DA
GEOLOGIA COM OUTRAS CIÊNCIAS.
Selma Maria Fernandes - (Universidade Federal de Ouro Preto
- UFOP selma@degeo.ufop.br)
Bárbara Evelini Pires Fonseca
Esse trabalho recupera a importância histórica da mineração
na região, através de acervos bibliográficos locais e traça quatro roteiros
geoecoculturais – Trilha do Tripuí, Trilha do Veloso, Trilha das Andorinhas e
Trilha das Ruínas de Passagem, com o objetivo de disponibilizar esse material
científico: - para informação turística, contribuindo de forma significativa e
segura na qualidade do desenvolvimento sustentável da região e como recurso
didático de grande alcance ao ensino fundamental e médio na compreensão do estudo
integrado das ciências naturais e sociais, divulgando assim a ciência geológica
e o entorno paisagístico que enriquece o patrimônio histórico-cultural de Ouro
Preto. Instrumento educativo para formação dos guias turísticos e professoras
do 1º e 2º graus da região. Modelo ilustrativo da ocupação humana espontânea,
tortuosa em busca do ouro, desordem ocupacional que permanece até os dias de
hoje, por falta de uma Plano Diretor, causadora de sérios impactos ambientais
(enchentes, movimentos de massa rápidos nas encostas), que necessitam de
monitoramentos constantes para conservação do patrimônio local, construído a
partir do ciclo do ouro, tendo seus primeiros registros no ano de 1698. As construções ligadas à exploração aurífera,
ainda preservadas no entorno da cidade, representam estruturas industriais
refletindo assim a cultura daquela sociedade.
A rota da mineração pode ser utilizada com sucesso na
concepção de que o conhecimento geológico é parte integrante do conhecimento
social e cultural de uma determinada época, possuindo caráter balizador e
fundamental na ocupação humana de uma região, que pela presença e/ou qualidade
dos recursos naturais, tais como: minerais, solo, água, geomorfologia definem
de formas decisiva, expontânea ou planejada o assentamento e a sustentabilidade
da área.
Bibliografia:
MATPHEWS,
M.R.- Historia, Filosofía y Enseñanza de Las Ciencias: La Aproximación
Actual.
Enseñanza De Las Ciencias.1994, 12 (2), 255-277.